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Memória de “O Homem do Mar”
Evoca-se o preciso momento em que de face para o grande oceano, num instante,
perpassam na mente do marinheiro os grandes momentos da
sua vida e dos seus: espécie de filme instantâneo onde se entrecruzam
todos os momentos marcados pela vida ou pela morte, pela alegria ou pela
dor. Por isso, a pose é de desafio firme, e ao mesmo tempo, de respeito
contido.
Apresenta-se nu, sem as roupagem da época, porque o Homem do
Mar, assim como o grande oceano pertence e todos os tempos. Funde-se
com o passado imemorial e com o tempo que há-de vir. Na sua carne
apresenta as marcas do Tempo sem tempo, onde espírito e matéria
sinalizam a sua condição. Vai ao mar trazendo o mar consigo, numa luta
permanente entre a vida e morte. E é neste sortilégio que radica a sua
força.
A corda da vida serpenteia sempre tensa, trazendo nas suas voltas o
dom do tempo, onde o prazer o sofrimento se entrançam. Como
símbolo de tudo que prende à vida: a família, os amigos, a sua terra,
não só de agora como de todos os tempos. E a mão no peito é sinal dessa
paixão pelos seus e pelos os valores que o norteiam.
De pé, perante o mar e a vida, presenteando no azul do horizonte
remoto os segredos e os mistérios do sagrada e do temporal, naquele
instante/eternidade de suprema liberdade que acontece sempre no momento
doloroso da partida. No passado, no presente e no futuro – assim será.
Agosto de 2004
Os autores
Nuno Mendanha
Vânia Mendanha
António Mendanha
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UNCORRECTED GOOGLE TRANSLATION
Memory of "The Man of the Sea"
Conjures up the precise moment face to the great ocean in an instant
pervade the mind of the sailor 's great moments
his life and its : kind of instant film which intersect
all times marked by life or by death, or by joy
pain. Therefore, the pose is a firm challenge, and at the same time, respect
contained.
Presents nude, without the guise of the time, because the man
Sea as well as the great ocean and belongs all time. Merges
with the immemorial past and with the time that is to come. In his flesh
shows the marks of time without time, where spirit and matter
signal their condition. Goes overboard with bringing the sea, in a fight
Standing between life and death. And this is what lies its charm
force.
The rope of life meanders always tense, bringing in their laps
gift of time, where pleasure is suffering braid. as
symbol of all that relates to life : family, friends, their land,
not only now but for all time. And the hand on the chest is a sign that
for their passion and the values that guide.
Standing before the sea and life, presenting the Blue Horizon
.... the secrets and mysteries of the sacred and the secular, that
moment / eternity of ultimate freedom that always happens when
painful departure. In the past, the present and the future - it will.
August 2004
the authors
Nuno Mendanha
Vânia Mendanha
António Mendanha
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